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ANTONIO MORAIS DE CARVALHO
(Paraíba – Brasil )
UFCG - Universidade Federal de Campina Grande, UAL - Unidade Acadêmica de Letras Departamento.
Tese (Doutorado em Letras) - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2005.
GENEALOGIA
Como encetar (criar?)
em nome tão comum
um próprio, exclusivo,
ele próprio sobrenome?
E o instinto, os ais,
como prender, se ao invés
de único código, exibo
(Perverso Polimorfo) morais?
Mas a condenação, o lance
atávico, que me põe orvalho,
da primeira manhã ã noite sempre,
é ter, rachados
no mais ardente asfalto,
esses pés de carvalho.
(Antonio Morais de Carvalho)
GARATUJA. Campina Grande, PB: 1977- 19 78. 15 x 21 cm.
Ano I – No. 1 – setembro/1977. Ex. bibl. Antonio Miranda
signo
tudo é número
— por isso, conto.
tudo é palavra
— por isso, conto.
e por mais que conte
não atinjo o número.
e por mais que conte
não atinjo a palavra.
se tudo é mesmo conto,
me envolvo no duplo do signo,
no seu encanto,
por isso, CANTO.
O (IMPER)FEITO ENCONTRO
Onde encontrarei eu mesmo
em outra forma expresso?
Onde encontrarei o furto
no gesto de nascer, fundado?
Onde encontrarei o que procuro
em todo canto e tempo,
em vigília ou sonho?
Onde encontrarei a presença que me divide,
e em sus ausência permaneço meio?
Onde encontrarei o que compense
toda essa procura, justifique?
Onde encontrarei o que, anulando,
a minha face multiplique?
Onde encontrarei o que, encontrado,
responda que jamais encontrarei?
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Página publicada em dezembro de 2021
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